Ensaio de Adensamento Edométrico

Adensamento é um processo lento e gradual de redução do índice de vazios de um solo por expulsão do fluido intersticial e transferência da pressão do fluido (água) para o esqueleto sólido, devido a cargas aplicadas ou ao peso próprio das camadas sobrejacentes.

O estudo da compressibilidade dos solos envolve a quantificação das deformações e o tempo que essas deformações demoram para ocorrer. Para caracterizar a compressibilidade de um solo, é utilizado o ensaio de adensamento edométrico.

O ensaio edométrico é um tipo de ensaio utilizado para medir as propriedades mecânicas dos solos que influenciam na resposta do mesmo a uma dada solicitação, no que diz respeito a deformações verticais. Por meio desse ensaio é obtido o coeficiente de adensamento, tensão de pré-adensamento, dentre outros parâmetros importantes.

O ensaio de adensamento edométrico (de acordo com a norma ASTM D2435) prescreve o método de determinação das propriedades de adensamento do solo, caracterizadas pela velocidade e magnitude das deformações, quando o mesmo é lateralmente confinado e axialmente carregado e drenado. O método requer que um elemento de solo, mantido lateralmente confinado, seja axialmente carregado em incrementos, com pressão mantida constante em cada incremento, até que todo o excesso de pressão na água dos poros tenha sido dissipado.

Durante o processo de compressão, medidas de variação da altura da amostra são feitas e estes dados são usados no cálculo dos parâmetros que descrevem a relação entre a pressão efetiva e o índice de vazios, e a evolução das deformações em função do tempo. Os dados do ensaio de adensamento podem ser utilizados na estimativa tanto da magnitude dos recalques totais e diferenciais de uma estrutura ou de um aterro, como da velocidade desses recalques.

O procedimento para execução do ensaio é iniciado com a colocação da célula de adensamento no sistema de carga. Transmite-se cargas a célula de adensamento, em estágios, para obter tensões totais sobre o solo de aproximadamente 6,25 KPa, 12,5KPa, 25 KPa, 50KPa, 100 KPa, 200 KPa, 400 KPa, 800 KPa e 1600 KPa, mantendo-se cada tensão pelo período de 24 horas (dependendo do solo). Para cada um dos estágios de tensão, faz-se leituras no extensômetro da altura ou variação de altura do corpo de prova, imediatamente antes do carregamento (tempo zero) e, a seguir, nos intervalos de tempo 1/8, 1/4, 1/2, 1, 2, 4, 8, 15, 30 min; 1, 2, 4, 8, e 24h. Completadas as leituras correspondentes ao máximo carregamento empregado, efetua-se o descarregamento do corpo de prova em estágios, fazendo leituras no extensômetro. As tensões de carregamento e descarregamento utilizadas podem variar, de acordo com o tipo de material ensaiado e a finalidade do estudo.

Os resultados do ensaio, normalmente, são apresentados num gráfico semi-logarítmico, em que nas ordenadas se têm as variações de volume (representados pelos índices de vazios finais em cada estágio de carregamento) e nas abscissas, em escala logarítmica, as tensões aplicadas, como exemplifica a Figura.